Antes de mais nada, o nome dela era Ana, sim ela vivia em meu mundo e tomava minhas tardes e me impulsionava ao abismo sem que eu percebesse, mas que precipitação a minha... Onde estávamos? Ah sim, Ana, a garota da casa da frente que apareceu na minha porta com seus pais, novos vizinhos são bem vindos, por que não? Talvez não no caso dela em questão, o campo gravitacional do seus lindos e grandes olhos castanhos me chamava a atenção de forma intensa, eu sem preocupação e sem nenhum tipo de intenção logo a cumprimentei e me apresentei a ela, aos poucos nos tornamos amigos, aqueles tempos de ir para a praça e ficar horas ali sentados não resultaria em outra coisa a não ser em uma grande paixão, eu bem que tentei mas não pude chegar perto, o pai a vigiava de longe como um guarda e sozinhos mesmos só na internet era possível qualquer tipo de aproximação. Foi aí que tive a idéia mais louca que me levaria ao declive total.
Sair não seria tão mal, se não fosse para uma have e sozinhos, fugimos e curtimos toda a noite, o tempo nem me importava e logo os amigos nos cobriam e ofereciam coisas novas, novas viagens e novos momentos, ali estávamos nos libertando dessa paranóia de estarmos fugindo e apenas curtíamos o momento, na volta pra casa um beijo, logo com o tempo fui ganhando um sentimento imenso dentro de mim, novas experiências e novas viagens viriam, novos horizontes e fugir era inevitável.
Um dia tive a sensação de que ela estava no meu quarto, acho que ela estava lá todos os dias desde sempre mas eu nem me dava conta, só a conheci de verdade aos quinze, ela nunca mudou e afinal eu nem prestava atenção nessas coisas. Quando eu acordei não estava mais no meu quarto, aquela sala branca e pessoas ao meu redor com agulhas, eu estava preso e voltei a cair no sono.
Um dia o homem de branco me levou a um local aberto, um jardim imenso e cheio de flores, lá estava Ana, tão linda e alegre, sorrindo para mim, me disse que o mais fácil era fugir com ela, que ficaríamos juntos. Nem pensei, apenas corri e pulei aquele muro, entrei em casa, peguei todo o meu dinheiro e fui para um apartamento, eu e ela caímos juntos no sono, ela dizia estar cansada e falava em ir embora, mas sempre sorria, eu nem dava atenção a isso, achava que era brincadeira e aí então só me lembro de acordar no outro dia.
Ana, a menina dos olhos castanhos havia sumido, ela dizia a verdade, foi embora e eu em meio ao desespero corri para a praça, o homem estava lá observando como sempre fazia, dessa vez não estava só, trazia com ele os outros de branco que me seguraram e me levaram de volta ao quarto branco, mais uma dose de algo em minha veia e estava tudo normal, me sentia bem novamente, o tempo se passou, acho que alguns anos, aí sim me deixaram sair, numa segunda-feira de chuva, eu sentado na frente da TV...
Sabe, aquela luz aberta na geladeira me fez ver que o homem da praça era um tipo de guarda e que ele me vigiava, Ana, minha querida Ana, fico aqui na sala do meu apartamento esperando que você volte, fico pensando, se eu resolver e parar de tomar minhas doses de calma na veia, acho que ela aparecerá novamente e me levará para fugirmos outra vez, isso era certeza, mas antes meus burriscos sem formas na TV e uma luz delirante na cozinha, do que uma alucinação bela e cheia de problemas..!
achei muito interessante e linda a historia .
ResponderExcluirContinua nesse caminho , tem ate futuro 'USAHUHAS
Beijos , Camila [:
"quem vai dizer ao coração que a paixão não é loucura?" Quero voltar outras vezes aqui... Saudades!
ResponderExcluiraaa, vc *--
ResponderExcluiradoro suas historias meu amor.
liindo.
Parabéns Siro, muito bom viu ?
ResponderExcluirSiga assim que tu vai longe meu bem :D
Bjão, Carol
Paraabeenns, xý
ResponderExcluirsuas histórias são ótimaas,
vc tem "o dom"
Beijooos
é...parabéns!
ResponderExcluirTem talento...nem parece o cara que perde todas as provas na escola...
Beijos...tia